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Domingo, 26 de Outubro de 2008
Alguns comentários

Olá a todos!

 

Pois é, tenho andado um pouco preguiçosa para vir aqui escrever.

Não é que não tenha nada para contar, mas as palavras custam em sair.......

 

Tive mais uma sessão de terapia da fala no dia  21 deste mês, quase há uma semana.

Nessa sessão a Terapeuta já me começou a ler frases para eu repetir, correu muito bem, falhei só algumas palavras.

Trouxe material para praticar em casa, mas só hoje é que o trabalhei.

Mas para mim, acho muito mais importante, e a terapeuta também aconselhou, alguem ler em voz alta frases ou pequenos textos e eu repetir, tirados do jornal de uma revista etc.

Tenho mais dificuldade em perceber monossílabos ou então as preposições , e a sua falha leva a não perceber a frase ou o seu contexto.

A Terapeuta fala devagar e pronuncia bem as palavras, mas hoje o professor, o meu filho, lê como está habituado, embora com mais cuidado não pronuncia como a terapeuta.

Mas é assim que eu tenho de me habituar, a ouvir no dia a dia.

Tenho procurado estar mais atenta ás conversas, não para bisbilhotar mas para ver se consigo apanhar alguma coisa. Ás vezes apanho mas outras não.

Também já procuro não estar sempre a fazer leitura labial, mas as minhas colegas como já estão tão habitudas a falar para mim de frente e eu estar a olhar para elas, que agora quando viro a cara, elas dizem:

fernanda, olha para mim!

E eu lá lhes digo:

Ó meninas, estou a fazer terapia.

Pois é, desculpa. dizem elas.

Em casa também faço o mesmo.

Gosto de ver e ouvir o telejornal, acreditem´que é uma boa forma de terapia, principalmente quando são as reportagens. Ouvir e perceber sem leitura labial.

Mas como é engraçado, a TV I tem um som muito melhor e mais alto em relação  á UM, a SIC  também tem um bom som. Tenho mais dificuldade em perceber na UM com o mesmo volume que uso nos outros canais.

 

Vivo perto ( 5` a pé) da auto-estrada e da A29, passam as duas aqui na minha feguesia., e nunca tinha ouvido o barulho dos carros que por  lá passam. Hoje andava a estender a roupa cá fora e ouvia barulho mas não sabia o que era, no entanto deduzi que fosse da auto estrada porque muitas vezes o meu marido fazia esse comentário. Confirmei com ele se sempre era ou não. Era verdade.Às vezes as pessoas diziam: houve um acidente na auto estrada, ouvi  a ambulância, e eu não tinha ouvido nada. Espero agora ouvir, pelo menos ouço o barulho do tráfego.

 

Ouço os cães dos vizinhos e o meu sempre a ladrar. Antes não ouvia quando estava no salão a ver TV, agora ouço muito bem.

 

Quando vou buscar o pão á vizinha ( o padeiro deixa lá o pão) ( na aldeia ainda se faz assim)

ouço as rolas a cantar, e cantam como outrora.

 

No Sábado passado foi a uma palestra com o meu filho, lá da catequese. Fiquei um pouco atrás porque os bancos da frente eram para os alunos. Os Palestrantes estavam no mesmo nivel que nós, ou seja, nós atrás tinhamos que esticar a cabeça para os ver. E eu tive que fazer alguma gincana para os poder  ver quando falavam. Andava sempre á espreita pelos buracos dos da frente. Eles falavam baixo, não tinham microfone e o salão era enorme e com pouca gente.

Mas se tivessem micro, se calhar fazia eco e ainda era pior.

O que é certo é que eu ouvi e percebi quase tudo, mas a olhar para eles. Mas tenho a certeza que se fosse só com a protese auditiva vinha de lá sem saber do que se falou.

 

Por vezes fico triste. O pessoal com quem trabalho, no geral, estavam á espera que eu ficasse a ouvir bem, nomeadamente atender os telefones.

 

Por muito que explique às pessoas que isto é um processo lento, elas não entendem.

E passam a vida a perguntar:

Então já ouves bem?

Na sexta feira atendi o telefone porque a minha colega estava a fazer um penso. Pensei eu: se perceber muito bem, senão vem ela.

Percebi uma coisa:

está a ouvir?

E eu disse que sim, mas já não percebi mais nada e nem quem estava ao telefone.

A minha colega atendeu. Era um Médico do Serviço. E ele disse á minha colega:

Afinal não está a resultar muito bem....

A minha colega disse-lhe que eu ainda andava a aprender.

 

À tarde ligou um colega de fora do Hospital, a telefonista passou, atendi porque não tinha mais ninguem. Embora não tenha reconhecido a voz, percebi quase tudo, também sabia do que se tratava. O colega falou devagar e não havia barulho.

 

Eu sei que o telefone ainda não é nesta fase. Eu vou atendendo para me começar a habituar. Mas as vozes das pessoas são tão diferentes, e entra no ouvido um som tão agudo.

Parece no inicio da activação. Agora as vozes e os sons já são mais reais.

 

Qualquer dia fico cansada de dizer sempre a mesma coisa e dou uma resposta torta.

 

Bem, mais uma semana de trabalho e de treino.

 

Tenho Terapia outra vez no dia 4 de Novembro.

 

Até breve

 

Fernanda

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por ouvircomunicar às 21:46
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Quarta-feira, 15 de Outubro de 2008
uma evolução significativa

Faz hoje 23 dias que foi o meu implante foi activado. E faz 16 dias que tive o 1ª ajuste.

 

Fazendo uma retrospectiva destes dias, só tenho a dizer que a minha audição está a evoluir de uma forma muito significativa.

 

Já consigo perceber muitas coisas sem estar a fazer leitura labial.

Os sons já começam a ser mais familiares,assim como as vozes das pessoas.

O barulho já não me incomoda muito, só um pouco.

 

Estou muito satisfeita por ter seguido este caminho.

 

Tenho feito treino sozinha com as palavras que a Terapeuta me deu. Digo-as em voz alta para ouvir bem como se pronuncia. Acho que vou começar a ler em voz alta para me familiarizar com as palavras. Acho que assim começo a perceber melhor quando as pessoas falam.

 

Mas algumas palavras são tão parecidas que quando entram no ouvido são todas iguais.

Quando são ditas num contexto parece que se percebe melhor.

Mas a Terapeuta da fala diz  que é importante saber distingui-las. Por isso tenho de as treinar.

Na proxima semana tenho mais uma sessão de terapia da fala, vamos ver se levo a lição bem estudada,

 

Vou dando noticias.

 

 

publicado por ouvircomunicar às 21:25
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Domingo, 12 de Outubro de 2008
2ª sessão de terapia da fala

No dia 9 de Outubro fui mais uma vez a Coimbra, desta vez só fiz terapia da fala. Segundo a Terapeuta ainda não preciso de reajuste. Acho que estou a ir no bom caminho.

 

Quanto ás vogais, só ocasionalmente é que troco o " e " pelo " i " e muito raramente o " o " pelo  " u ".

 

Mais dificil são as consoantes.

O " arrá, amá,aná,afá... ainda troco muito.

 

Nesta sessão esteve a perguntar sobre frutos, produtos e utensilios de cozinha, sem saber o quê,  acertei quase tudo.

 

Agora só vou a 21, mas trouxe muito material para estudar.

 

 

Agora, quanto ao meu dia a dia:

 

Já distingo o ladrar do cão, o sino da Igreja, os telefones do serviço e o de casa, os carros na rua a passar, o barulho do frigorifico, da arca, etc.

 

Ouço os pássaros a cantar, já ouvi antes mas mais baixinho, e o cantar parece igual ao que ouvia antes.

 

Hoje ouvi um barulho, que parecia um sino a tocar, e perguntei ao meu marido o que era, nem acreditei - o galo  da vizinha a cantar. Eu ainda me lembro do canto, mas este era tão diferente.....

 

Já por duas vezes que me chamaram e eu estava de costas voltadas e ouvi o meu nome.

 

Já percebo bem algumas coisas na televisão, por ex: quando está a dar as noticias e o jornalista não está presente, ou seja, sem fazer leitura labial. Mas tenho de estar muito atenta.

 

No serviço, ás vezes não olho para a pessoa que está  a falar comigo para ver se percebo, já consigo apanhar alguma coisa e quando não percebo pergunto.

 

Se as pessoas falarem devagar e frases curtas e se não houver barulho de fundo,e se estiver concentrada até percebo bem.

 

Já fiz a experiência, desliguei a protese auditiva, para ver se ouvia e percebia  a mesma coisa, e percebo. O implante sobrepôe a protese auditiva. Ouve-se muito mais.

 

Agora como ouço melhor, falo mais baixo. Mas os idosos já me perguntam 2 vezes o que estou a dizer. É que eu falava alto e com eles tem de se falar alto,pois ouvem mal, mas  a voz aguda a entrar aqui no meu ouvido incomoda-me. Paciência....., mas também já os ouço melhor.

 

Cada dia que passa ouço e  percebo melhor. Desde o 1º ajuste que tenho vindo a melhorar bastante.

 

A terapeuta é que vai dizendo quando tenho necessidade de ajuste ou se por acaso eu sentir necessidade de ajustar o volume.

 

No dia que foi à terapia, fui á consulta cumprimentar o Médico ( Dr.L ) e outros médicos que também conhecia das consulta anteriores, ficaram todos muito contentes com a minha evolução. Gostei de estar com eles.

 

A evolução é lenta e gradual, mas cada conquista é uma medalha de ouro..............

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por ouvircomunicar às 15:17
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